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Prêmio Shell consagra ‘Salmo 91’ e ‘VemVai’

Adaptação do livro ‘Estação Carandiru’ e o espetáculo da Cia. Livre levaram dois troféus
“Salmo 91”, adaptação do livro “Estação Carandiru”, de Drauzio Varella, feita por Dib Carneiro Neto e dirigida por Gabriel Villela, e “VemVai – O Caminho dos Mortos”, da Cia. Livre, dirigida por Cibele Forjaz, levaram dois prêmios cada um de uma série de dez categorias da 20ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, entregue anteontem à noite no Araguari Eventos, no Jardim Europa. Dib levou o prêmio de melhor autor e Rodolfo Vaz, o de ator, por sua brilhante atuação como os presidiários Bolacha e Veronique em “Salmo 91”. Cibele Forjaz, a única mulher concorrente ao prêmio de melhor direção, foi a grande vencedora por “VemVai”, e Lúcia Romano considerada a melhor atriz por seu papel no mesmo espetáculo.
Em seu agradecimento, Dib elogiou o júri pela capacidade de analisar e premiar um texto adaptado e voltou a levantar a polêmica sobre o fato de haver apenas dois concorrentes na categoria de melhor autor. “Gostaria de ressaltar o quanto o júri é especial por ter essa percepção rara de entender que uma adaptação tem autoria e também comentar os muitos espaços em branco nas indicações para melhor autor”, disse. “O Shell atingiu tamanho nível de excelência que vai ser usado como estudo futuramente. E quando os premiados de 2007 forem acessados, muitos poderão pensar que a dramaturgia do Rio se renovou mais do que a de São Paulo, o que não é verdade.”
No Prêmio Shell do Rio, cinco candidatos concorreram ao prêmio de melhor autor, entre eles dois da cena paulistana, Aimar Labaki e Newton Moreno, por terem estreado suas peças por lá. Daniela Pereira de Carvalho, atuante no Rio, foi a concorrente ao prêmio de São Paulo, ao lado de Dib.
Rodolfo Vaz não pôde comparecer à premiação por estar em cartaz no Teatro Poeira, no Rio, com “Salmo 91”. Assim como Dib, que dedicou o prêmio ao elenco de “Salmo 91”, Vaz fez questão de mencionar e agradecer em seu discurso, enviado por e-mail e lido pelo produtor Cláudio Fontana, seus “colegas de cela”.
Cibele Forjaz, que comemora 25 anos de teatro em 2008, fez questão de dedicar o prêmio de melhor direção à “arte coletiva que resiste” e chamou a todos para uma grande passeata no dia 27 de março, Dia Internacional do Teatro. “Esse troféu vem na hora certa. A hora que já não importa mais. Na hora em que o que importa é contar com a força de vocês”, reiterou a diretora, que bateu os fortes concorrentes ao prêmio de melhor direção: Cacá Carvalho (“O Homem Provisório”), Gabriel Villela (“Salmo 91”), Gilberto Gawronski (“Por Uma Vida Menos Ordinária”), Roberto Alvim (“Homem Sem Rumo”) e Rubens Rusche (“Crepúsculo – Beckett”).
A cada edição do Prêmio Shell um artista do teatro é homenageado. E o escolhido dessa vez foi o argentino, naturalizado brasileiro, Ilo Krugli, do Teatro Ventoforte

(Fonte: http://www.jornaldepiracicaba.com.br)

março 20, 2008 Posted by | teatro | , | Deixe um comentário